06 janeiro 2015

Sair de casa dos pais...

Escrito em Março de 2014...Logo fará um ano que o "meu menino"mudou de casa.Ele continua feliz,reformando a casinha dele e ao contrário do que muitos podem pensar,não está aqui nas horas da refeição,para pena minha .Resolvi publicar novamente o post pois ele foi um dos que teve muitas visualizações e assim fica o "update". 


Então os filhos se tornaram adultos e estão relativamente encaminhados na vida. Porém, nem pensam em sair para ganhar o mundo e acham ótimo ficar com a família (que, por sua vez, também está adorando tê-los sempre à vista). 

É normal ou será que existe alguma coisa de errado nisso?
Cada vez mais os filhos prolongam sua estada na casa dos pais, desfrutando de benesses como carinho e apoio quase inesgotáveis, liberdade, a comidinha predilecta e outros confortos. 
Os pais parecem aceitar essa adolescência quase perpétua numa boa e, em muitos casos, estimulam a permanência dos filhos em casa até como uma estratégia para enfrentar o próprio envelhecimento.O lar é um ninho quente e acolhedor. Seja pai, seja filho, quem nunca suspirou de saudade pelo carinho, pelo bolo predilecto, pela cama limpa e arrumada? Todos, sem dúvida. Mas faz parte do processo de amadurecimento enfrentar o mundo e construir a própria história.
                                        

Meu filho no 11º ano foi fazer intercâmbio nos EUA,e quando voltou vinha com outra visão de vida.Muito mais independente.Hoje,quase a fazer 20 anos,estudando e já trabalhando numa companhia aérea nos surpreendeu semana passada com a noticia que pretendia ir morar sozinho.Uma coisa tão normal na cultura americana,que os miúdos saem de casa tão cedo,e tão anormal aqui onde a adolescência é cada vez mais tardia...Ele está aqui muito perto de casa e nós demos o apoio necessário.Mas quero aqui falar para tantas mães que  podem passar pela mesma situação e ter a famosa "depressão do ninho vazio"


                                    


 Cercar-se de actividades, ter a própria vida e manter um círculo amplo de amigos faz com que a sensação de vazio não se instale.  Facilmente, pode-se cair num quadro depressivo, segundo os especialistas. O importante é se consciencializar de que o voo-solo das "crianças" é algo inevitável. Mesmo com os jovens morando mais tempo na casa dos pais, muitos com liberdade para fazer o que bem entenderem, as mães sentem dificuldade em aceitar a partida e não entendem como eles podem deixar um lugar onde "têm de tudo" para aventurar-se no mundo. "Estar bem consigo mesma é a única solução para enfrentar o problema. Filho não é garantia de seguro-velhice.

O que ajuda bastante é memória.Lembram que também saíram de casa?
Ainda tenho uma filhota em casa,e um companheiro maravilhoso com quem partilho interesses,alegrias e momentos a dois.Temos que pensar sempre que a vida segue o curso natural...

                             

Para pais e filhos:



            • Planeie sua saída. Sente, faça contas, calcule seus gastos.

            • Tenha um dinheiro reservado para os primeiros meses.
            • Visite o apartamento que possa pagar até encontrar um de que goste.
            • Converse com quem já saiu e aprenda com suas experiências.
            • Fale francamente com seus pais .
            • Estabeleça um prazo razoável para a saída.
            • Saiba antes a quem recorrer se precisar de algum dinheiro. 
            • Tenha um plano B na manga (que não inclua a volta à casa dos pais).


Chegou a hora?

            • Lembre-se sempre: seu filho já é um adulto.
              • Estabeleça com nitidez as responsabilidades dele.
            • Deixe claras as consequências do não cumprimento dessas regras.
            • Se ele pensar em sair, procure ajudá-lo no que for possível.
            • Não use suas dificuldades para mantê-lo em casa.
            • Se ele deseja ficar para ajudá-lo por alguma razão, reflicta bem.
            • Procure retomar sua própria individualidade.
            • Inaugure uma fase de realização de sonhos e busca espiritual.





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